sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Que Corpo é Esse?

Essa foi a temática com que fomos recebidos em uma das nossas primeiras oficinas."Que corpo é esse?" perguntou nosso professor Ricardo Fraga incitando a a curiosidade da sua dúvida.

Me perguntei:  - Que corpo é esse? - sem saber exatamente a sua dúvida do professor já que estamos no curso pra falar de medicina e aprender exatamente isso. Qual seria a definição que ele estava buscando? Seria de algum livro de anatomia? ou seria nosso conceito de corpo físico apenas? Aquela definição do dicionário Aurélio.

Todas as minhas dúvidas foram sanadas no desenrolar da atividade. Principalmente ao perceber que cada pessoa tem uma definição própria de corpo (como exemplificado na produção a esquerda).
 O corpo pode ser nossa casa, nosso símbolo, nosso hardware além de outras definições dadas e é o que nos faz refletir para o possível significado de corpo para aquele paciente que estará se consultando em busca muitas vezes de resposta. O que é corpo para aquela pessoa na nossa frente? as vezes instrumento de trabalho, sofrimento, prisão, elo.

Além dessa reflexão, na atividade também tivemos uma momento intrigante que foi o trabalho com a confiança no outro.
O quanto é difícil confiar em uma pessoa, e mais ainda quando se esta cego. E não seria exatamente esse o medo de alguns pacientes ao se depararem com os médicos e estarem cegos com o tratamento porque o profissional não explicou de forma clara?
É difícil entregar nossa vida a um estranho e é exatamente isso que muitos pacientes acabam tendo que fazer. Entregar sua vida, seu corpo, sua singularidade a um estranho.

O corpo na atualidade é estudado pelos mais diversos campos do saber, principalmente por ser expositor comportamental e estar impregnado de sentimentos,  marcas de experiencias vividas internalizadas que são incorporadas a carne e formam o trinômio mente-corpo-meio.
Mas durante a evolução da ciência esse corpo foi o máximo separado do meio e da mente, sendo analisado de forma mais objetiva possível, deixando de um lado a interação entre os três. Como se o cérebro fosse uma caixa preta e o meio externo apenas o envelope.
  O homem biopsicossocial foi esquecido durante séculos e só apenas depois de atividades como a proposta é que pode-se começar a entender novamente a necessidade das interações, inclusive com os outros seres.
Assim, o homem se faz da interação social, pelas relações com os outros sujeitos e pela sua ação com o mundo. Um corpo que sente e percebe forma teias que irá definir sua subjetividade e também a forma com que interage com o exterior e interior.
 A pessoa constrói seu corpo pela forma com que vive.





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