terça-feira, 4 de outubro de 2016

Medicina e Humanização

Qualquer um pode ser um anjo



Na atividade realizada em sala de aula no dia 18 de julho ao ouvir a narrativa dos nossos colegas a cerca de momentos que os marcaram ficou muito evidente como as vezes, pequenas ações nos tornam maior do que o que somos e principalmente podem sair de uma micro esfera para o enriquecimento não apenas do que recebe a ação mas também daquele que a prática e dos que estão ao redor.
A reflexão desse momento desperta também a necessidade de entender a intensionalidade da atividade dentro do nosso curso que ao ler os textos do Cadernos HumanizaSUS percebe-se congruência do que foi abordado com a estratégia de produção de memórias, e então produção textual modificando a tradicional forma de educar futuros profissionais a partir de uma prática mnêmica. 
Segundo Salztrager (2014) a memória serve como uma espécie de matéria-prima sobre a qual os processos psíquicos se efetivam e configuram as demais acões, ou seja, essa atual memória que foi produzida durante a atividade prática servirá de modulador de minhas ações mesmo que de forma irracional sendo uma maneira que parece ser mais efetiva de trabalhar humanizacão dentro dos cursos de saúde, uma vez que deixa de ser apenas teoria e percepção para tornar-se registros da inconsciência e da pré-consciência formando uma complexa rede de representações.  
Lembro-me nitidamente de algumas histórias de colegas que me marcaram como a de Natália que passou as férias estudando com alguém quase desconhecida pelo prazer de ajudar, dos inúmeros colegas que citaram os irmãos mais novos com a responsabilidade frente a isso e ainda Breno com seu discurso sobre como é crescer com alguém; só que o mais em comum em tudo é enxergar a pessoa além da sala de aula, e o mesmo deve ser feito quando um paciente nos procura. Aquela pessoa não se resume doenças, a roupa que veste ou ao sotaque, ela também   é pai, mãe, filho, e tem voz. 
Além das minhas memórias citadas algumas vivências subjetivas permanecem gravadas no inconsciente e irão fazer parte da minha prática médica pois o sujeito e as memorias são indissociáveis e esta é uma das principais ferramentas dessa forma de formação acadêmica. 

Aluna: Leticia Karina Oliveira dos Santos



Rferêcia extra:
SALZTRAGER, Ricardo. A memória entre intensidade e representação. Tempo psicanal.,  Rio de Janeiro ,  v. 46, n. 2, p. 365-380, dez.  2014 .

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