domingo, 30 de abril de 2017

Casos Clínicos para critério de elegibilidade






Os critérios clínicos de elegibilidade para uso de um método anticoncepcional foram definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), baseado em consenso profissional e evidência científica e sua última atualização foi realizada no ano de 2016. O critério mais importante para a escolha ou eleição de um método anticoncepcional é a opção feita pelo paciente, no entanto, o médico, além de considerar essa opção tem o dever de alertar quanto os possíveis prejuízos e as vantagens e desvantagens para o usuário. O profissional irá indicar as melhores formas de contracepção de acordo com uma semiologia especifica, direcional.

Outro fator importante a ser considerado é que o médico ao colocar os demais métodos possíveis à disposição da pessoa interessada (explicando-lhe as suas características, modo de uso, riscos e benefícios, bem como a eficácia) não garante fielmente os resultados, principalmente levando em consideração os métodos reversíveis, porque isso irá depender do comprometimento do usuário. A eficácia dependerá do uso correto podendo repercutir em uma ausência de efeitos indesejáveis, entre outros fatores da relação usuário x comprometimento x eleição de contraceptivo.
Algo muito importante que o médico sempre deve alertar aos pacientes é que os métodos contraceptivos NÃO PREVINEM DSTs. 

Para que pudéssemos entender isso a professora Kelle Oliveira Silva utilizou como estratégia de aprendizagem uma oficina. As atividades foram desenvolvidas em três momentos:

1) Em um primeiro momento a facilitadora, possibilitou uma discussão para a mobilização de conhecimentos prévios acerca dos métodos contraceptivos reversíveis distribuídos pelo Sistema Único de Saúde. Em seguida os aprendizes foram divididos em subgrupos para problematizar possíveis métodos para alguns casos clínicos, logo em seguida foi entregue uma Tabela com diversas condições clínicas enumeradas conforme o Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres, do Ministério da Saúde.

2)No segundo momento, extraclasse, os subgrupos buscaram embasamento teórico-científico a fim de preencher a Tabela com os critérios de elegibilidade de contraceptivos por condição clínica, considerando as categorias da OMS da atualização de 2015 e logo em seguida responder às problematizações de todos os casos clínicos, conforme a Tabela devidamente preenchida.

3)Em terceiro momento, todos os membros se reuniram com a facilitadora realizando uma discussão em torno da escolha do método mais adequado, tal discussão deu ênfase à associação entre a prática médica e a temática.

A experiência foi extremamente importante para o entendimento de que a escolha do método anticoncepcional deve ser livre e informada, como citado dito no primeiro parágrafo deste texto, respeitando-se os critérios de elegibilidade clínica. Acredito que todos os casos trabalhados marcaram os colegas.
Existem condições que sempre irão se repetir em um atendimento médico fazendo com que os casos tenham sido exemplos que irão ser levados para o resto de nossas práticas medicas.

Uma das condições que me chamou mais atenção foi o uso de contraceptivos para pessoas com distúrbios depressivos. Tal condição não determina limitação ao uso de qualquer método contraceptivo, com exceção à esterilização cirúrgica, para a qual é categoria 3 (grau de elegibilidade). Se a paciente fizer uso de medicamentos estabilizadores do humor, do grupo da carbamazepina, a interação medicamentosa reduz o efeito da pílula e esta, o da medicação, com exceção do ácido valproico.




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